A Rainha nas Caldas
1. Retratos de Leonor

Panorama de Jerusalém (com os passos da Paixão de Cristo) Pintura da Escola Flamenga oferecida a D. Leonor por seu primo, o imperador Maximiliano.
O Retrato da Rainha (do lado inferior esquerdo) deverá ter sido pintado já depois do quadro chegado ao Convento da Madre de Deus.

 

[Pormenor do lado direito]

Retábulo de Santa Auta (chegada das relíquias de Santa Auta ao Mosteiro da Madre de Deus).
Pintura atribuida à parceria Cristóvão de Figueiredo e Garcia Fernandes.
Vestida de negro, a Rainha D. Leonor assiste à cerimónia.

 

[Pormenor do lado direito]

Página do Livro de Horas existente na colecção Piermont Morgan de Nova Iorque
Breviary of Eleanor of Portugal; Published/Created:[Bruges, Belgium, ca. 1500]; (Ms. Pierpont Morgan Library. M.52)
Representa a Rainha D. Leonor. No panejamento que cobre a estante onde assenta o Livro de Horas (Livro de Orações) vêem-se as armas reais portuguesas e a empresa do camaroeiro.

 

[Pormenor do lado direito]

" Cardinal Aenes Sylvius Piccolomini Presents Eleanor of Portugal to Emperor Frederick".
Guache de Raphael (1483-1520): III". ca. 1502-3 . Pierpont Morgan Library.

 

[Pormenor do lado direito]

[À esquerda] Rainha D. Leonor: quadro de autor não identificado do 1º quartel do século XVI.
Santa Casa da Misericórdia de Coimbra.

 

[À direita] Rainha D. Leonor.
Arquivo da Universidade de Coimbra.
Segundo Fernando Correia, poderia ser cópia de uma tábua de voto, pois representa a rainha grávida.

2. A Rainha nas Caldas

[À esquerda] Lintel de cantaria (incompleto) ostentando o camaroeiro. Calcário. Data atribuída: 1487.
Origem provável: pórtico do primitivo Hospital de Nossa Senhora do Pópulo.
 

[À direita] "Piscina da Rainha"
O plano em que se encontra esta piscina é o do Hospital do tempo da Rainha, motivo pelo qual a designação tem um valor evocativo.

[À esquerda] Torre sineira da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo (lado sul)
Emblemas: escudo real ao centro, pelicano de D. João II à esquerda, camaroeiro de D. Leonor à direita.

 

[À direita] Porta da Sacristia da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo.
Fita com a seguinte inscrição: "Esta capela mandou fazer a muito alta e esclarecida e ilustríssima rainha dona Leonor mulher do muito alto e potentíssimo rei Dom João o segundo e se acabou na era de 1500" (ortografia actual)

Abóbada da capela-mor da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo.


[À direita] Fecho da abóbada: pormenor das quinas que D. Leonor recebeu de seu pai, o Infante D. Fernando.

[À esquerda] Abóbada da nave da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo.
Ao centro, o escudo real. De um dos lados o camaroeiro, emblema da Rainha e do outro o pelicano, emblema do Rei.

 

[À direita] Tríptico do arco triunfal: Cristo a caminho do Calvário, Crucificação e Deposição no Túmulo. Autoria controvertida.
Doado por D. Leonor. Provavelmente teve outra localização anterior na Igreja.

[À esquerda] Dalmática em brocado cor de ouro e veludo de seda doada pela rainha à Igreja de Nossa Senhora do Pópulo.
Armas reais bipartidas de D. João II e D. Leonor.

 

[À direita] Casula em brocado cor de ouro e veludo de seda doada pela rainha à Igreja de Nossa Senhora do Pópulo.
Emblema de D. Leonor: o camaroeiro.


 

[À esquerda] Capa de asperges em brocado cor de ouro e veludo de seda doada pela Rainha à Igreja de Nossa Senhora do Pópulo

 

[À direita] Planta do Hospital efectuada antes das obras de reconstrução ordenadas por D. João V em 1747.

 

[À esquerda] Compromisso do Hospital. Datado de 18 de Março de 1512.
Manuscrito em pergaminho, possuindo iluminuras e letras capitulares pintadas à mão, encadernado em capa de carneira vermelha, com gravações douradas e dois fechos metálicos.
As 16 folhas do Livro do Compromisso encontram-se divididas em 29 capítulos, ao longo dos quais são referidos pormenorizadamente aspectos da vida administrativa e religiosa do Hospital, do quotidiano da instituição (ver site do Museu do Hospital e das Caldas)

[À direita] Assinatura da rainha Leonor

 

 

3- A Rainha das Caldas

[À esquerda] Jorge de S. Paulo, Livro da Fundação deste Real Hospital..., 1656.
O título original seria provavelmente Da Origem, Fundação e Regras do Hospital das Caldas. O frontispício é do século XVIII.

 

[À direita] Painel de azulejos representando Nossa Senhora do Pópulo, proveniente na Enfermaria da mesma designação do Hospital Termal. 1747-1750
"Recebe a veneração de doentes, alguns já curados, sob os olhares agradecidos de um casal régio coroado: D. João II (de manto e cetro) e D. Leonor"

[À esquerda] Domingos Lopes, D. Leonor, 1657.

[À direita] Inscrição que assinala a conclusão das obras de reforma joanina do Hospital Tdermal das Caldas
" João V, vigésimo quarto rei da Lusitânia, movido pela bondade e caridade, mandou no ano da Redenção de 1747 restaurar, desde os alicerces, este balneário e aumentá-lo convenientemente, para maior comodidade dos doentes. Em três anos ficou a obra por completo concluída. A Rainha Leonor, esposa diletíssima do rei João II, tinha-o construído e organizado com desvelo, generosidade e devoção religiosa na era do Senhor de 1488. Ambos foram misericordiosos, a ambos Deus recompensará. Tu, que a esta casa te acolhes, imita-os quanto puderes e não te arrependerás". [trad. livre de J. B. Serra]

4. A Rainha dos nossos dias: de Malhoa a Ferreira da Silva

[À esquerda] José Malhoa, Rainha D. Leonor, 1924.
O quadro resultou de um encomenda que foi apresentada em 1924 pelo Presidente da Associação Comercial e Industrial das Caldas da rainha, António Montês. Malhoa dedicou-o à sua cidade natal, Constituiu a primeira peça de uma colecção que viria a dar origem ao Museu de José Malhoa.

 

[À direita] Francisco Franco, estudo para a estátua da Rainha D. Leonor.

 

[À esquerda] Francisco Franco, Rainha D. Leonor, 1935.
A iniciativa de dotar a cidade de uma obra de arte pública dedicada á Rainha fundadora partiu de um grupo animado por António Montês e Luis Teixeira. A Gazeta das Caldas apoiou, abrindo nas suas páginas uma subscrição.

 

[À direita] Fotografia da cerimónia da inauguração da estatua da Rainha, nas Caldas da Rainha.

Imagens da inauguração da estátua. António Montês lê o seu discurso. Fernando Pessa faz a reportagem radiofónica e Luis Teixeira (de óculos escuros) toma notas de reportagem para o Diário de Notícias. Sentado, o Presidente da Câmara, José Saudade e Silva.

Lino António, Fundação do Hospital e das Caldas pela Rainha D. Leonor, 1959.
Tríptico de grandes dimensões que decora a sala de audiências do Tribunal das Caldas da Rainha inaugurado em 1959.

O quadro da esquerda representa uma cerimonia de saudação à bandeira das quinas num contexto militar (alusão ás campanhas de Afonso V?).

O quadro da direita (que é o que se localiza ao centro da sala de audiências, mostra o contacto da rainha com os doentes que se banham na águas sulfúreas.

A Rainha visita as Caldas, onde decorrem as obras do Hospital. É recebida em festa pelos novos habitantes.  

Pormenores do painel de Ferreira da Silva alusivo a Caldas da Rainha. Edifício da Câmara Municipal, átrio de entrada, 1992.
Um bailado de ninfas e faunos celebra o nascimento da nova localidade, sob a invocação de Leonor.

[À esquerda] Ferreira da Silva, instalação ainda em obra, junto ao edifício administrativo do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha. Peça de marcação de percurso pedonal onde se pode ler: "Leonor até ao fim do mundo".

 

[À direita] Ferreira da Silva, Obelisco implantado junto à Escola Secundária Raul Proença.

O obelisco de Ferreira da Silva apresenta a seguinte inscrição, nas suas quatro faces: ALEONOR PULSAÇÂO VITAL DO MUNDO